O governador da Califórnia, Gavin Newsom, surpreendeu os progressistas ao vetar três projetos de lei na última sexta-feira à noite1. Um dos projetos de lei vetados exigiria que caminhões autônomos tivessem um operador de segurança a bordo. Os outros dois projetos de lei vetados abordavam questões fundamentais para o Partido Democrata: direitos LGBTQ e imigração1.

O veto a um projeto de lei que visava proteger os direitos das crianças transgênero foi criticado pelo senador estadual Scott Wiener, que afirmou que o veto é uma tragédia para as crianças transgênero e aumenta o medo que elas enfrentam diariamente1. O último projeto de lei vetado por Newsom proibia as prisões da Califórnia de compartilhar informações sobre imigrantes encarcerados com agentes do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA. Newsom argumentou que a legislação atual já estabelece um equilíbrio adequado ao limitar a interação entre as prisões e as autoridades de imigração1.

A reação aos vetos

A decisão de Newsom de vetar os projetos de lei gerou controvérsias e críticas de diversos setores. Os defensores dos direitos LGBTQ e da imigração expressaram sua decepção com o governador, argumentando que os vetos prejudicam as comunidades vulneráveis e vão contra os valores fundamentais do Partido Democrata1. Por outro lado, alguns apoiadores de Newsom elogiaram sua postura, alegando que os vetos demonstram sua capacidade de tomar decisões difíceis e independentes, mesmo quando enfrenta pressão de seu próprio partido1.

O impacto dos vetos

Os vetos de Newsom podem ter implicações significativas para as comunidades afetadas pelos projetos de lei. No caso das crianças transgênero, o veto ao projeto de lei pode deixá-las mais vulneráveis a discriminação e violência1. Quanto à questão da imigração, o veto ao projeto de lei que proibia o compartilhamento de informações entre as prisões e as autoridades de imigração pode aumentar o medo e a incerteza entre os imigrantes encarcerados e suas famílias1. Apesar das críticas, Newsom manteve sua posição, defendendo que os vetos foram tomados no melhor interesse do estado e de seus cidadãos1.