Os fãs LGBTQ+ de futebol foram avisados que serão caçados e atacados se forem à Copa do Mundo na Rússia.
Semana passada, os fãs foram “fortemente avisados” a “não demonstrar publicamente sua sexualidade” no mundial.
A Federação de Apoiadores do Futebol disse que fãs gays não devem andar de mãos dadas ou mostrar afeto ao seu parceiro em público, para garantir sua segurança.
E o perigo para apoiadores que são abertos sobre sua sexualidade foram destacados por ativistas, que reportaram suas ameaças de morte à polícia.
O líder da campanha Orgulho no Futebol Joe White disse ao Mirror: “Nós tivemos pessoas dizendo que se nos encontrarem, vão nos esfaquear, então é uma mistura, mas todos estão sendo lidados com seriedade e essas investigações estão acontecendo ainda.”
O ministro do governo russo Mikhail Degtyarev estimou que cerca de dois milhões de pessoas devem visitar a Rússia durante a Copa do Mundo.
White disse ao PinkNews que “é ridículo que tenham dado a Copa à Rússia e Catar”, que sediará o mundial em 2022 e onde a homossexualidade é crime.
Mas apesar das ameaças e dos avisos de perigo das autoridade, White se recusa a se intimidar.
O ativista disse ao Mirror que as diretrizes “tinham que ser bem cuidadosas”, mas que ele é gay com orgulho, e continuará sendo.
“Eu poderia ir e quase voltar ao armário, agir heteronormativo, mas esse tipo de comportamento é exatamente o que queremos mostrar que é o problema”, disse.
“Nós não deveríamos sentir que temos que nos comportarmos diferentes de como somos”.
“Não é como se eu fosse enfiar minha língua dentro das bocas das pessoas. Eu vou para lá pelo futebol e ter a experiência da Copa do Mundo”.
Os crimes de ódio contra pessoas LGBTQ+ dobraram no país desde que a Rússia criou uma lei banindo a “propaganda” gay.
A lei de 2013, que proíbe “propaganda de relações sexuais não-tradicionais” contra menores, foi condenada pela Corte Europeia de Direitos Humanos.